sábado, 4 de julho de 2009

MAX SCHMELING, O SALVADOR DE JUDEUS

Seguramente mais lembrado pelos seus combates contra Joe Louis, o campeão alemão dos pesos pesados, Max Schmeling, aínda hoje em dia segue a estar associado aos iconos da Alemanha názi. Os seus títulos e a sua image foram utilizados pelo regime de Hitler como ferramentas de propaganda para demonstrar a supremacía ária. Sem embargo, Schmeling resistiu essas manobras e a sua conduta foi sempre a dum cavaleiro e um cabal desportista.

De facto, muitos anos depois de rematada a 2ª Guerra Mundial, revelou-se que Schmeling arriscara a sua vida por salvar a duma família de judeus aos que proporcionou refúgio no seu quarto de hotel para depois ajudá-los a fogir de Alemanha.

Schmeling converteu-se em profissional do boxeo aos 19 anos (1924). Em 1926 ganhou o título de meios-pesados, e em 1929 chegou à praça forte do boxeo mundial: New York. Ali derrotou a dois dos mais destacados pesos pesados: Johnny Risko e Paulino Uzcudun, encaramando-se no nº 2 do ránking, e obtendo a prioridade para optar ao título.

Schmeling, pessoa de mentalidade liberal –o seu manager, Max Jacobs, era judeu- resistiu contra todos os intentos do regime nacional-socialista por manipulá-lo. Obteve o título mundial o 19 de Junho de 1936 fronte a Joe Louis, para muitos expertos o mais grande boxeador de toda a história. O regime názi esforçava-se por apresentar a vitória como a grande evidência da inferioridade negra frnte a supremacía ária.

A revancha foi o 22 de Junho de 1938 no Yankee Stadium de New York, nte uma multidão e 70.000 pessoas. Muito a pesar da actitude desportiva de Max Schmeling, a luta vinha marcada por questões políticas e raziais. Louis estava determinado a reivindicar não só o seu orgulho e o dos EEUU, senão o da população negra. A luta durou apenas dois minutos e quatro segundos. Schmeling não puido deter a selvagem avalancha de golpes descarregada pelo enfurecido “Bombardeiro de Detroit”.

Porém, Schmeling será lembrado pelo que logrou fóra antes que dentro do quadrilátero. A sua história é a dum herói que durante o progrom da Kristallnacht salvou a vida de dois irmãos judeus de apelido Lewin.

Num artigo publicado na revista History Today, os professores da Universidade de Rhode Island, Robert Wiesbord e Norbert Heterich, relatam como Schmeling escondeu a dois adolescentes, Henry e Werner, filhos de David Lewin.

Manteve-os escondidos num lugar secreto da sua suite do Hotel Excelsior, em Berlin, ao tempo que avisava na recepção que não devia ser molestado em modo algum, devido a uma gripe que o aqueixava. Dias mais tarde, quando a fúria do progrom amainara, ajudou aos jóvenes a abandoar Alemanha, desde onde chegaram aos EEUU. Ness país Henry Lewin convirtiria-se num hotelero eminente de Las Vegas.

Tras a 2ª Guerra –Hitler nunca lhe perdoou que se negasse a afiliar-se ao Partido Názi e, em vinganza, forzou-no a alistar para levar a cabo misões suicidas como paracaidista- Schmeling combateu outras cinco vezes, mas já não volveu acceder aos 10 primeiros postos da classificação. Ganhou alguns combates e em Maio de 1948 foi derrotado por outro veterano, Walter Neusel, em Hamburgo.

Tras abandoar o boxeo –com umns números de 56 vitórias 4 nulos num total de 70 combates desputados- Schmeling continuou sendo uma figura popular e respeitada em Alemanha e também nos EEUU. Foi premiado com a Fita de Ouro outorgada pela Sociedade de Imprensa Desportiva de Alemanha, e a cidade de Los Angeles nomeou-no Cidadão Honorário. Em 1967 recebeu o Óscar dos Desporto dos EEUU, e nesse mesmo ano publicou a sua autobiografia.

Ao longo da sua vida atesorou amizades e camaraderia e, dalgum modo, os seus rivais rematavam convertendo-se nos seus amigos. Ajudou a Joe Louis ao longo da sua vida e aínda depois de morto. Schmeling pagou o seu funeral.

Moreu em 2004, aos 99 anos de idade.

A seguir o mítico combate entre Lewis e Schmeling em 1936.





E a revancha em 1938. Boxeo em estado puro.


domingo, 31 de maio de 2009

O JUDEU QUE NOQUEOU AO LÍDER FASCISTA BRITÂNICO

Gershon Mendeloff foi um boxeador judeu nascido em Londres no ano 1893 que remataria por ser campeão mundial dos pesos welter.

Quando ingressou no Clube Atlético Judeu de Londres adoptou o nome pugilístico de “Kid” Lewis (o de “Ted” acrescentaram-lho posteriormente nos EEUU). Fixo-se boxeador profissional em 1909. Em 1913 conquistou o título britânico dos pesos pruma, e um ano depois outro tanto, mas a nível europeu.

Em 1915 viajou aos EEUU e, já na categoria dos welter, conquistou o título mundial tras derrotar a Jack Britton no que foi o começo duma rivalidade histórica, pois entre 1915 e 1921 enfrontraram-se em vinte oportunidades.

Retirou-se dos rings em 1929, com uns números totais de 170 vitórias (70 por KO), 30 derrotas, 13 empates e 66 nulos. Morreu em 1970.


Se traemos aquí a Ted “Kid” Lewis, não é tanto pelo destacado da sua carreira boxística, senão precisamente por um sucesso que aconteceu uma vez que pendurou as luvas de boxeo.

Em 1929, tras abandoar o mundo das 12 cordas, Lewis aceitou trabalhar, a câmbio de 60 libras à semana, como gardaespaldas e entrenador físico do líder político britânico Oswald Mosley, um homem ao que muitos consideravam destinado a ser Primeiro Ministro. A formação de Sir Oswald Mosley, o Partido Novo [New Party], começou sendo uma organização de tipo populista e fortemente ánti-comunista, embora nos seus começos não eram razistas. No meio da época da Depressão, muitos viam no seu programa proteccionista e partidário de incrementar o gasto público uma táboa de salvação. Ted “Kid” Lewis, rematou por ser o chefe da sua garda pessoal, aos que ele próprio recrutava entre o mais bravucão do East End londinense.

Porém, arredor de 1932, Mosley converteu-se num firme seguidor do fascismo ánti-semita. Tras uma reunião com Mussolini, regressou a Inglaterra e, tras disolver o New Party, fundou a União Nacional de Fascistas. Quando os rumores dos novos postulados ánti-semitas chegaram a ouvidos de Ted “Kid” Lewis, decidiu render uma última visita ao quartel geral de Mosley. Fixo-o acompanhado pelo seu jovem filho, Morton.

Em palavras de Morton Lewis, isto é o que se passou:

“Quando chegamos havia dois fornidos homens na entrada vestidos, não com a camisa negra do New Party, senão com uma camisas marrões como as do Partido Názi. Por um momento Ted deteve-se como congelado. Subiu como um raio as escaleiras que levavam ao despacho de Mosley e, sem chamar, abriu a porta.

Mosley estava sentado, com dois dos seus gardaespaldas de pé à sua espalda. Os dois homens saudaram a Ted com o saúdo dos centuriões. Ted perguntou-lhe directamente: ‘É certo isso que se comenta de que es ánti-semita. Diz-me a verdade: es ánti-judeu?’.

Mosley sorriu ante a ingenuidade de Ted “Kid”. ‘Sim’. Cto seguido ergueu-se da cadeira e, pausadamente começou a contar-lhe a Ted os seus projectos e planos.

O rosto de Ted estava branco como a cera. Qualquer afeiçoado ao boxeo que o tivesse visto combater alguma vez teria-se decatado do sinal de perigo…Mosley seguia falando, e de súpeto se volveu e mirou fixamente a Ted, como para evaluar o efecto que as suas palavras lhe causaram.

Até esse momento Ted nem se movera. Então, como um raio, soltou um direitazo que estrelou contra a parede de enfronte a Mosley e a sua cadeira. Os dois gardaespaldas abalanzaram-se velozes sobre Ted e forcejearam. Outra direita ao mentão do primeiro desafortunado deixou-no KO ipso facto.

Ted girou-se e com um gancho de esquerda derrubou ao outro matão como se for um saco de patacas. Meu pai tomou-me da mão e saímos do despacho, baixamos as escaleiras passamos entre as duas moles que faziam garda na porta do edifício e marchamos. A umas 20 yardas rua abaixo, meu pai dixo-me que agardasse um momento. Dou-se a volta, regressou à entrada da sé de Mosley e se situou ante os dois vigiantes. Mirou-nos alternativamente ao rosto durante uns segundos. De novo, como uma exalação, mandou uma direita a um e um gancho de esquerda ao outro derrubando-os. E tranquilamente volveu junto a mim com um sorriso de orelha a orelha”.

P.S.: Sir Oswald Mosley foi encarcerado e passou toda a Guerra no cárcere, ao ser considerado um risco para o país. A sua União Nacional de Fascistas foi um absoluto fracasso.



COMBATE TED LEWIS / BOY MCCORMICK (1921)


ROUND 1º AO 6º




ROUND 7º AO 14º


sábado, 30 de maio de 2009

BOXEO, ESGRIMA E AUTO-DEFESA JUDEA



A partir de 1760, os judeus britânicos começaram a participar no desporto do boxeo. O campeão inglês entre 1791 e 1795 foi Daniel Mendoza, cuja innovadora técnica baseava-se na velozidade e a agilidade mais que na força bruta.


Como o reformador político Francis Place explicava, antes de Mendoza:

Nem os cães não eram tratados na rua do modo em que se tratava aos judeus. Uma circunstância, entre outras, puxo fim ao trato enfermizo face os judeus…[Mendoza fixo-se famoso e fundou uma escola de boxeo para jóvenes judeus]. A conseqüência fixo-se ver e sentir em muito poucos anos. De súpeto deixou de saír grátis insultar a um judeu, agás que fosse um anciano e se encontrasse só…Mas embora os judeus fossem incapazes de defender-se a sim próprios, os poucos que actualmente estariam dispostos a insultá-los simplesmente porque são judeus, poderiam incorrer num grave perigo de escarmento para além da passiva actitude da polícia”.


Portanto, quando os judeus começaram a defender-se, demonstraram que eram merecedores de ser defendidos –e inclusso os gentis de bom coração começaram a defender judeus.


Na década de 1920, nos EEUU, os judeus constituiam o maior grupo étnico adicado ao boxeo profissional –maiormente pelas mesmas razões de penúria económica que o resto dos grupos que orbitavam arredor do desporto das 12 cordas. Os judeus mantiveram a sua prominência nos anos 30, tras o qual a sua participação neste desporto decaiu na medida em que os judeus ascenderam na escala sócio-económica, e acharam modos mais singelos de ganhar-se a vida.


Nos boxeadores judeus achamos o que o historiador Irving Howe denominara “o Novo Carácter judeu”, e que se caracterizava por ser “activo, e não passivo, sujeito, e não objecto, ergueito, e não encurvado, combativo, e não aquiescente”.


O primeiro boxeador estadounidense em desempenhar um papel prominente na esfera pública foi Barney Ross, que ganhou o campeonato nas categorias de pesos ligeiros, junior welter e welter . Retirou-se do boxeo em 1938, ao alistar-se no exército tras o desastre de Pearl Harbor, e resultou ferido em Guadalcanal, ganhando uma Estrela de Prata por rescatar a um grupo de soldados caídos numa emboscada dos japoneses. Tras regressar aos EEUU, Ross jogou um papel decisivo no movimento sionista, pressionando ao Governo americano para que ajudasse aos refugiados judeus, e reclutando gente e fundos para apoiar ao IRGUN (o grupo de guerrilheiros de Menachem Begin).



Em 1915, Louis Brandeis explicava como o sionismo estava modificando o carácter judeu, de modo que os judeus lutassem pelos seus direitos, mais que se submeter ao ánti-sionismo rampante: o efecto do sionismo entre os estudantes judeus das universidades austríacas foi imediato e assombroso. Até esse momento foram despreçados e maltratados. Arrastraram-se na procura de médios de subsistência, desempenhando profissões que ninguém queria, fazendo gala de adaptabilidade, humildade e modéstia. Se eram molestados pelos estudantes “ários”, raramente se aventuravam a devolver o insulto ou exprimir o seu malestar. Mas o Sionismo proporcionou-lhes coragem. Formaram associações, e começaram a praticar esgrima e desportos de força.


Actualmente [1915] os melhores desportistas de esgrima nos corpos de elite alemães vem atónitos como os estudantes sionistas luzem profundas cicatrizes de florete nos seus rostos como qualquer teutão, e que os judeus se encaminham a converter-se nos mais avantajados praticantes de esgrima na universidade. Hoje em dia a kipá vermelha dos sionistas é respeitada em qualquer associação acadêmica”.



DAVID KOPEL

quinta-feira, 28 de maio de 2009

YURI FOREMAN, A LONA E O TALMUD


Uma tarde de 2008, quatro dias antes da sua primeira defesa do título da Federação Norteamericana de Boxeo, Yuri Foreman sentou-se na base duma coluna de Brooklyn a estudar o Shulchan Aruch [código de Lei judea]. A última hora da tarde estaria no Gimnásio Gleason para entrenar-se ante a sua peleja com Saul Román, um fibroso púgil mexicano com 24 KO’s em 28 combates.

Foreman está acostumado a tão esgotador programa. Yuri Foreman é um estudante rabínico de 28 anos e ostenta imbatido o título profissional dos pesos médios na WBA. Luze orgulhoso uma Estrela de David nos seus calzões que alterna com uma kipá negra quando está estudando ou rezando.

No meio da sua sessão de estudos contesta uma veloz bateria de perguntas do seu mestre, o Rabino DovBer Pinson. O exercício mental, diz Foreman, proporciona uma maior resistência que qualquer rutina física no quadrilátero.

“Quando vou ao gimnásio entreno o meu interior físico. Com o rabino, entreno os músculos do espírito”, afirma.

Foreman opina que os seus estudos para converter-se em rabino ortodoxo aliviam o stress físico derivado do entrenamento. Mas assegura que deixa o desporto de lado mentres lê o Talmud ou acude às aulas duas vezes por semana num instituto judeu de Brooklyn.

“Boxeo e judaísmo vam unidos, e supõem em igual medida um desafio. Gostaria-me ser campeão mundial e rabino”, manifesta.

Nascido em 1980 (Bielorússia), aos nove anos trasladou-se a Haifa, Israel. Ali foi três vezes campeão amateur com um récord de 75-5, e em 2000 Foreman chegou aos EEUU para converter-se num púgil profissional. Em 2001 ganhou os Golden Gloves em New York.

E em 2004 a sua carreira dou um giro radical, ao conhecer ao promotor de boxeo Bob Arum e á sua actual mulher, Lelyla Leidecker, uma jovem húngara que o ajudaria na sua procura religiosa. Foreman não era até então uma pessoa religiosa. Como eslavo de procedência judea afirma que em Israel era considerado um marginal. Lembra que em Haifa teve que rematar por acudir a entrenar a um gimnásio árabe. "Segundo entrei o primeiro dia, puidem ver ao meu redor olhadas de ódio. Mas eu queria boxear e ali, por suposto, todos queriam boxear contra mim". O seu reencontro com o judaísmo produziu-se ao conhecer ao Rabino Pinson, com o que começou a dar classes e a observar o Shabat, orar utilizando tefilim e o resto de leis judeas.

“D’us dou-me esta oportunidade”, diz Foreman, “e eu acredito que tenho que lhe devolver algo a câmbio”.

O desejo de Foreman é regressar a Israel dentro duns anos, quando seja ordeado rabino, para compartir o que tem aprendido e fundar a sua própria comunidade para ajudar aos rapazes de procedência eslava.

Referindo-se a Foreman, alguns rabinos opinam que boxeo e judaísmo estám em conflito dado que é um desporto que persegue ferir a outros ou a um mesmo. Ao respeito, o Rabino Benjamin Blech, professor de Talmud na Yeshiva University, diz que tudo tem na vida um factor de risco e de recompensa. O boxeo também. Do contrário, não poderíamos saltar pelo campo, conduzir um automóvil ou viajar em avião. O objectivo de Foreman não é ferir-se a sim próprio nem aos demais, senão superar-se e vencer aos seus oponhentes.

Foreman intenta restringir os seus combates aos dias laborais. Se algum coincide em Shabat, como já se tem passado, ele faz observância permanecendo a certa distância do ring até que chega a hora.

O seu manager diz: “No último combate o sol já se pugera quando os árbitros chamaram a Foreman para que se preparasse a fazer o seu percorrido face a lona. Sem embargo -e embora o Shabat já rematara- Yuri negou-se. Fixo-me um gesto e me chamou a uma esquina”.

“E então susurrou-me: Por favor, rezemos cinco minutos”.



terça-feira, 26 de maio de 2009

AS GALEGAS APRENDEM A DEFENDER-SE


A única escola de Krav Magá que há na Galiza acha-se em Vigo, no Centro Deportivo Coliseum (R/ Areal, 40). Este centro organiza cursos específicos para vítimas de violência de gênero.


Fazer fronte aos maltratadores; esta é a ideia que se impõe em cada vez mais associações de vítimas da violência de gênero. Algumas de elas têm começado a organizar cursos de autoprotecção, especialmente da técnica de combate israeli Krav Magá.


Segundo Felipe Meana, que vem de impartir há duas semanas um curso a 50 viguesas, para atacar sobra com botar mão dos movimentos naturais, tal e como fazeríamos para defender-nos. “Não ensinamos a imovilizar ou noquear. O objectivo não é ganhar a peleja, senão saír incólume de ela sem receber dano”. As técnicas básicas podem-se aprender em dois meses.


Se estades interessadas chamade ao 986-225201.


A continuação, entrevista sobre o Krav Magá, com Felipe Meana.


KRAV MAGÁ

IMI LICHTENFELD, O CRIADOR DO KRAV MAGÁ

Nascido em 1910, Imi Lichtenfeld foi criado e educado em Bratislava –na antiga Checoslováquia. Jovem de natureza atlética, praticou durante a sua mocidade gimnásia, boxeo e luta, desportos nos que resultou vencedor nalguns campeonato, tanto a nível nacional como internacional. Mas foi o seu pais, instructor de defesa pessoal, de quem Imi aprendeu boa parte das técnicas e tácticas da luta de rua que seriam mais tarde incorporadas ao sistema do Krav Magá ["combate de contacto", em hebreu].

Inspirado e influído pelo seu pai, Imi aprendeu de ele numerosas técnicas de defesa pessoal. Durante os anos 30 teve que empregar os seus conhecimentos de luta nas ruas de Bratislava, para proteger-se a sim próprio e aos seus vizinhos judeus das razzias dos jóvenes fascistas do lugar.

As lutas de Imi para proteger à sua família e vizinhos converteram-no imediatamente numa pessoa pouca popular para as autoridades locais, devido ao qual em 1940 deixou o seu fogar.

Tras vários anos viajando, Imi Lichtenfeld chegou a Israel, entrando a formar parte da Haganá, desde dentro da qual combateu pela independência do Estado de Israel.

Na Haganá dou também grandes mostras da sua vocação de ensino, e aproveitou para ensinar aos soldados técnicas básicas de defesa pessoal.

Tras a formação do Estado de Israel, o Governo encarregou a Imi que desenvolvesse um sistema efectivo de defesa pessoal e combate, que posteriormente passaria a ser conhecido como Krav Magá.

Durante os vinte anos em que serviu nas IDF, Imi desenvolveu e aperfeiçoou o seu sistema de combate corpo a corpo. Desde 1964, em que o Krav Magá se abriu aos civis, as suas técnicas extenderam-se velozmente à população israeli, graças à equipa de graduados altamente qualificados formados directamente por Imi, e acreditados pelo Ministério de Educação de Israel como professores de Krav Maga para difundir os seus sistemas.

Em 1978, Imi e vários dos seus estudantes fundaram a Associção Krav Magá, uma variante do pugilato que se basea em valores morais e humanos, enfatizando a integridade pessoal, a não-violência e a conduta humilde.

Imi morreu em 1998, mas com o seu legado tem salvado numerosas vidas e tem ajudado a que a gente poida viver segura e em paz.